Carta aberta ao amor anônimo
- João Paulo Guma
- 14 de mai. de 2012
- 2 min de leitura

Não chamo de irracional. Pelo contrário, é extremamente lógico! Amo esta mulher, há tempos, mas só a encontrei (ou reencontrei) neste plano agora. E pior, nem a amo ainda.
Eu, um geminiano avoado. Ela, uma aquariana prática. Temos, em comum, aquela conexão mental, rara entre tantos. Não quero falar disto, não quero ser covarde e focar no que há de melhor naquilo que pode vir a ser. Quero pensar nas problemáticas, quero saber acerca de tudo aquilo que eu posso fazer para destruir essa pretensa relação.
Pode parecer algum tipo de sociopatia, mas não é. Quero apenas ser como ela, direta, sincera, analítica. Quero dizer que não suporto multidões, mesmo que me venerem. Sou de poucos, pior, sou dela. Sou ciumento e me incomodo com suas opções, normalmente masculinas. Sou romântico, não gosto de sua objetividade insensível.
Mentira! Quero apenas não parecer tão fácil. Mentira, não é mentira, é alegoria. EU NUNCA VOU MENTIR PARA ELA. Nunca vou trair sua confiança, pois confio nela. Confio em sua capacidade de cumprir aquilo que por ela é dito. Não quero problemas, nem crises, muito menos ciúmes. Teremos uma relação com o diálogo sendo a base de tudo. Com a verdade sendo a base de tudo. Sexo? Será bom, inventivo, mas não primordial. Eu era patologicamente viciado em sexo até encontrá-la. Hoje sou viciado nela.
Quero viajar com ela, quero cozinhar para ela, quero experimentar sensações com ela, quero, após um belo banho, olhar para ela e divagarmos sobre as pessoas que conhecemos durante a nossa jornada. Quero mirar seus olhos orientais e dizer-lhes que são os espelhos de minh’alma.
Quero acariciar sua pele morena e revelar que ela é o lençol com o qual quero me cobrir. Quero morder seus lábios cor de açaí e, no meio do ato, revelar que eles são a minha fonte de alimento. Acima de tudo, quero abraçar seu corpo, reverenciar seu ser, e dizer que sou mais que seu homem, sou seu time, sou seu devoto e seu santo.








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