O diário de Ghita, a magrela
- João Paulo Guma
- 31 de mai. de 2012
- 1 min de leitura

De tantas formas já me tocaram, alguns de uma forma completamente insuportável, ora monótona, ora espalhafatosa demais. Outros, com uma maestria genial, fizeram de meu corpo sensível o caminho mais curto para o Nirvana, ou mesmo para o mais orgasmático dos infernos.
Já me usaram de uma forma frenética, quanto mais movimentos por segundo, melhor. A superficialidade desses movimentos é o que me incomoda. Eu sei que é algo inerente a qualquer tecnicismo exacerbado. Às vezes não é a velocidade que importa, e sim, o jeito de se fazer a coisa.
Já me pegaram com força. Quase me arrombo toda. As pancadas e o peso, ou seja, a intensidade brutal, é uma forma que pode até satisfazer, mas falta um pouco de suingue, algo que atinja a alma, algo mais preciso e menos incômodo de agradar durante o ato.
Também já rolou de uma forma mais suave, contínua, quase que tântrica, quase que transcendental. O céu foi o limite, mas… faltou um pouco mais de velocidade, um pouco de violência, sei lá… agradar completamente é difícil.
O que importa é emitir sons diferentes a cada estilo e sentir o orgasmo alheio. Nós, guitarras, fomos feitas pra isso.








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