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Encontro astral

  • João Paulo Guma
  • 17 de dez. de 2012
  • 1 min de leitura

E quando um raio cai duas vezes no mesmo lugar? Quando uma visão inexplicável, uma alquimia de acasos, surge num só evento? Quando o impossivelmente perfeito acontece depois de rupturas dolorosas e inaceitáveis? E quando tudo já deveria ter acontecido, mas esperou a hora certa, a hora do corpo e espírito xamanicamente preparados, receptáculos astrais para um novo e verdadeiro processo existencial?


Não tenho respostas, mas o evento “vida” me faz crer no multiverso. Sei que numa realidade alternativa eu já sou feliz com ela. Que os acasos foram devidamente aproveitados. Que as músicas (sejam em auditórios pseudo cults ou em bacurais nos Maranguapes de outras dimensões) foram devidamente cantadas. Que elas continuam a ser compostas.


O vermelho daquele batom, o branco daquele sorriso, daquela pele. São apenas cores quando não estão nela. Na verdade, são menos que cores. Nela, tornam-se indescritíveis elementos, arautos da suprema iluminação. O redondo daqueles óculos não a ajudava a ver o mundo melhor, e sim, me ajudava a ver aquela que quero em meu mundo. Aquela a quem eu quero entregá-lo, sobretudo.


O melhor de ainda não amá-la é a possibilidade de degustar o processo, de sentir cada nota deste samba, deste mantra.


O pior, é o óbvio.

 
 
 

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