Amor de três em três
- João Paulo Guma
- 12 de mar. de 2014
- 1 min de leitura

Ela não disse ‘adeus’, disse ‘eu te amo’.
Ela está certa, não há o que se dramatizar, apenas o que se gozar o que há para se gozar e sofrer o que há para se sofrer, assim, sem mimimis.
Mas não é só a distância, é a mudança e o medo do fim. O medo de que um dos dois mude de ideia. Que um dos dois encontre algo melhor.
Medo egoísta, mas altruísta: desejo não encontrar algo melhor, mesmo que ela encontre.
Não é só o medo, é a saudade da ternura de cada segundo próximo, desde o primeiro, naquela suave dança totalmente aleatória.
Dizem que o amor que nasce de uma dança, quando nenhum dos dois sabe dançar, é duradouro e intenso.
Se não dizem, pretendo viver para dizer. Um amor a dois, de três em três.
Eu não disse ‘adeus’, disse ‘estamos juntos’.
E estamos.
E que sorte, a nossa.








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